O que não te contaram sobre o sinal “Wow 6EQUJ5”
Trata-se do sinal Wow 6EQUJ5!, um misterioso sinal de rádio detectado em 15 de agosto de 1977 pelo astrônomo Jerry R. Ehman, enquanto trabalhava no radiotelescópio Big Ear, da Universidade Estadual de Ohio (EUA).
O que foi o sinal Wow!
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Ehman estava analisando dados captados do espaço quando viu uma sequência incomum de números e letras — 6EQUJ5 — representando uma intensidade de sinal muito acima do ruído normal.
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Ele ficou tão impressionado que circulou o código no papel e escreveu “Wow!” ao lado — daí o nome “Wow! Signal”.
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O sinal durou 72 segundos, o tempo máximo que o radiotelescópio podia captar uma fonte fixa no céu.
📡 Origem possível
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A direção do sinal apontava para a constelação de Sagitário, perto do aglomerado estelar Chi Sagittarii.
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Nunca mais foi detectado novamente, apesar de várias tentativas de reencontrá-lo.
🧩 Hipóteses levantadas
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Transmissão extraterrestre inteligente — hipótese mais famosa, pois o sinal tinha todas as características de uma emissão artificial.
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Reflexo de sinal terrestre em satélite — improvável, pois não havia satélites nessa faixa de frequência em 1977.
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Fenômeno natural raro, como uma emissão de hidrogênio ou algo ainda não identificado.
🛸 Curiosidades
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A frequência (1420 MHz) é a linha do hidrogênio, muito usada em buscas por vida extraterrestre, porque o hidrogênio é o elemento mais comum do universo.
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Mesmo com tecnologia moderna, nenhum sinal igual foi repetido desde então.
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O sinal Wow! se tornou um ícone da busca por inteligência extraterrestre (SETI) e até inspirou filmes e séries de ficção científica.
O que significa a sigla com letras e números
🔢 Como funciona o código
No radiotelescópio Big Ear, os dados eram impressos em linhas de números e letras para mostrar a força (intensidade) do sinal de rádio detectado em cada intervalo de tempo.
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Os números de 1 a 9 representavam sinais fracos.
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As letras maiúsculas (A, B, C… até Z) representavam sinais mais fortes, indo além de 9.
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Ou seja, quanto mais “longe” na tabela (de 1 até Z), mais potente era o sinal.
📈 Interpretação do “6EQUJ5”
Cada caractere mostra o valor da intensidade do sinal em uma sequência de medições sucessivas:
| Caractere | Intensidade relativa | |
|---|---|---|
| 6 | Sinal moderado | |
| E | Sinal forte | |
| Q | Sinal muito forte | |
| U | Sinal extremamente forte | |
| J | Sinal começando a diminuir | |
| 5 | Sinal voltando ao normal |
🟢 Em resumo: o sinal cresceu rapidamente, atingiu o pico (em “U”), e depois foi desaparecendo, o que durou cerca de 72 segundos.
💡 Portanto:
6EQUJ5 não é uma palavra nem sigla — é uma representação codificada da intensidade de um sinal astronômico detectado no tempo.
É como se fosse um “gráfico” em forma de letras e números.
É possível dizer quando foi enviado esse sinal até nos? 👽📡
A resposta curta é: não, não é possível determinar exatamente quando (ou há quanto tempo) o sinal foi enviado, apenas quando ele chegou à Terra, em 15 de agosto de 1977.
Mas dá pra fazer algumas estimativas com base em física e astronomia. 👇
Você sabia desses detalhes?
🕰️ 1. O que sabemos com certeza
O radiotelescópio Big Ear captou o sinal às 23h16 (UTC), vindo da direção da constelação de Sagitário.
Porém, não havia como medir a distância exata da fonte — apenas a direção no céu.
Sem saber a distância, não podemos calcular o tempo de viagem do sinal.
🌌 2. Hipóteses sobre a distância
Como o sinal foi detectado na frequência de 1420 MHz (linha do hidrogênio), ele poderia vir:
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De dentro da Via Láctea, talvez de uma estrela a centenas ou milhares de anos-luz de distância.
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Ou, menos provavelmente, de fora da galáxia.
Vamos considerar dois cenários possíveis:
💡 Ou seja, o sinal que ouvimos em 1977 pode ter sido enviado milhares — até dezenas de milhares — de anos antes.
⚛️ 3. Por que não dá pra saber com precisão
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O sinal não se repetiu, então não há como triangular ou calcular distância.
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Nenhum desvio Doppler (mudança de frequência) foi detectado — o que poderia indicar movimento e ajudar a estimar origem.
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Ele não tinha “assinatura” identificável (como modulação artificial contínua).
🛸 4. A teoria mais aceita hoje
Em 2017, o astrônomo Antonio Paris sugeriu que o sinal poderia ter vindo do hidrogênio liberado pela passagem do cometa 266P/Christensen ou 335P/Gibbs, que estavam próximos daquela região do céu em 1977.
Mas essa teoria é contestada — o Big Ear não teria sido sensível o bastante para captar um cometa a essa distância.
A chance de ser extraterrestre ainda existe
Mesmo com novas explicações surgindo, ninguém conseguiu provar com certeza o que causou o sinal.
Por isso, ele continua sendo a melhor evidência de um possível contato inteligente já detectado por nós.
Ainda há projetos monitorando o local
O projeto Breakthrough Listen (financiado por Stephen Hawking e Yuri Milner) ainda monitora a região da constelação de Sagitário, buscando qualquer repetição do sinal Wow! — com equipamentos milhões de vezes mais sensíveis que os de 1977.
Até agora: silêncio.
💡 Curiosidade bônus
O radiotelescópio Big Ear foi demolido em 1998 para dar lugar a um campo de golfe.
Mas a placa onde estava escrita a sequência “6EQUJ5” foi preservada em museus e se tornou um ícone da astronomia moderna.
🧩 Conclusão
➡️ O sinal Wow! chegou à Terra em 1977, mas pode ter sido emitido há séculos ou milênios — dependendo da verdadeira origem.
Sem uma repetição do sinal, nunca saberemos quando exatamente foi enviado.
